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Ainda sobre o Carnaval ...

O Carnaval Véio de guerra não falha. Pluralista como ele só, abraça inclusive os que não tem nenhum samba no pé, acham tudo um misto de barulho e bagunça, porém cedem para as benesses irresistíveis de um feriado prolongado.

Um desfile de 70 minutos na Sapucaí, inicia meses antes e na grande maioria dos casos em comunidades periféricas com acesso a recursos limitados, contando com o jeitinho dos integrantes de cada Escola para transformar papel, isopor, plástico e tantos outros materiais em um espetáculo dos potenciais humanos.

Então você até pode não gostar do Carnaval, mas definitivamente ele gosta de você. Estamos falando da maior festa popular do mundo e acontece aqui, no nosso quintal.

Um ponto é inegável de todo este contexto: a criatividade flui neste período.


“O Brasil é famoso em todo mundo por seu senso de estilo e design, pelo uso de cores, pelos ritmos e pela inventividade. É um dos poucos países em que o espírito criativo nato floresce de forma tão maravilhosa” John Howkins - referência em Economia Criativa


Photo by Vladimir Soares on Unsplash

O padrão é ser criativo


Você é criativo, aceita vai?! De alguma maneira esta competência intrinsecamente humana foi associada a seres especiais que carregam um “dom” dado após pré-seleção do Criador.

Lembramos dos músicos, pintores, artistas no geral como grandes exemplos da manifestação desta capacidade e talvez não percebamos que todo o progresso humano, as transformações e rupturas só ocorreram - e ainda ocorrem - pela ímpeto de criar, produzir algo ou gerar um comportamento que resolva os problemas (ou criem oportunidades) e ainda agreguem valor.


“A criatividade é a imaginação a serviço da inovação, e a melhor ferramenta para solução de problemas” Murilo Gun - Professor de Criatividade


Estudos apontam que há níveis de criatividade, que variam conforme os traços de personalidade e motivações internas de cada indivíduo. Somado a estes pontos há inúmeros fatores que a encorajam ou a reprimem, como as relacionadas a educação recebida no âmbito familiar e também as forças externas ligadas aos aspectos sociais, culturais e políticos.´Assim a criatividade, CRIA, em ambientes favoráveis para sua exploração, podendo ainda ser exercitada e incentivada.



Photo by Tina Floersch on Unsplash

Quem diria?! errar faz parte


A criatividade é também um processo de questionamento de todo o quadro de conceitos existentes. Através da interação entre disciplinas diversas, nosso HD de fábrica cria conexões inusitadas e fertiliza o campo para o nascimento das idéias.

Ao observar as crianças, notamos a facilidade como abrem portas e imaginam o Universo, elaborando cenários onde dragões e cachorros, dão um pé na bunda dos monstrengos. Ao longo dos anos, este movimento natural pode ir atrofiando, caminhando perigosamente em uma mesmice mecânica, capaz de invalidar a capacidade criativa pela riqueza que ela representa. Organizações, por exemplo, só são inovadoras se existirem nelas, gente capaz de ser criativa.


No sistema que estamos inseridos, a produtividade é priorizada e não abre lá muito espaço para erros. Este mestre tão esnobado, vai ficando no campo dos odiados, quase como uma virose que ninguém quer pegar. Mas nem sempre é assim, quando crianças corremos risco o tempo todo e um dos resultados possíveis de nossas peripécias é o erro.


“Se você não está preparado para errar, nunca terá uma ideia original” Ken Robinson - Especialista em Educação


Registramos aqui, que não incentivamos ninguém a colocar o dedo no buraco da tomada e levar um choque, a proposta é incentivar a criatividade e buscar meios de expressá-la livremente.

Vale até deixar um bloquinho de notas por perto nos momentos que estiver mais relaxado. Nosso cérebro adora a hora do banho, assim como momentos de ócio e desfiles de escola de samba. Pensa num cara que não rejeita nada: até as perturbações nos tornam mais criativos.


Fonte: http://www.myaquanotes.com/

Veja esta maravilha de cenário


Mas e agora, o que fazemos com tanta criatividade? Colocamos em Ação! Um processo criativo não é necessariamente um ato solitário. Idéias quando compartilhadas funcionam melhor e as Escolas de Samba constatam que esta premissa é verdadeira.

Quando o desfile está lá na avenida, o que vemos é a concretização de uma ideia inicial que nasceu praticamente um ano antes. Em um dado momento, todas as Escolas de Samba se reúnem para apresentar ideias até chegarem em um conceito geral, que será usado posteriormente, como guia por cada Escola, para definição do seu próprio tema - o enredo.



Fonte: https://www.civitatis.com/pt/rio-de-janeiro/desfile-carnaval/

Com o tema escolhido são definidos o cronograma e uma etapa importantíssima inicia, relativa a pesquisa. Neste ponto as idéias ganham corpo, uma história será contada. Em seguida são escolhidos as matérias-primas e aí sim, todo o planejamento anterior, ganha vida e o movimento através da produção de fato de tudo que veremos na avenida.


Ao fazer um paralelo com a Indústria da Moda, constatamos que os mesmos sistemas são utilizados, com etapas bem definidas para que a ideia original ganhe forma e resulte em uma oferta real e no caso das Escolas de Samba, ganhe o coração do público e as melhores notas dos juízes.


O criar está nos mais diferentes campos e ser criativo é estar motivado pelas mais diversas causas. Na Dume, queremos ajudar a transformar ideias em empreendimentos conscientes, consistentes e sustentáveis com resultados assertivos, tangíveis e significativos. Por isso podemos ajudar você através da Consultoria de Gestão de Negócios, Mentoria para Empreendedores, Desenvolvimento de Produtos e muito mais.


Essa semana iniciou as inscrições do curso que faremos no Sesc do Carmo sobre Criação e Desenvolvimento de Produto de Moda.


Nosso ManifestU!



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